Delfim Machado | 2023-05-12
O secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, Mário Campolargo, prometeu esta sexta-feira, no Fórum da Sustentabilidade e Sociedade, em Matosinhos, que as novas tecnologias que venham a ser desenvolvidas no âmbito da ação governativa terão em consideração "convicções humanistas" e "princípios éticos".
Coube ao secretário de Estado encerrar a grande cimeira do Fórum da Sustentabilidade e Sociedade, esta sexta-feira de manhã. Em jeito de resposta aos pedidos de humanismo protagonizados por Muhammad Yunus, Mário Campolargo disse que as palavras do Nobel da Paz 2006 foram "inspiradoras" e "verdadeiramente importantes na medida em que motivam ações concretas em todo o Mundo".
Concretamente, no Governo, tem sido feito "um trabalho muito intenso", resumiu o secretário de Estado, assegurando que o cidadão estará no centro das preocupações relacionadas com a inovação governativa: "Daremos sempre prioridade a uma inovação guiada pelas nossas convicções humanistas e pelos princípios éticos no desenvolvimento das nossas tecnologias, por mais disruptivas que sejam, assim como no seu impacto".
Mário Campolargo explicou que a tecnologia aproximou as pessoas dos processos de decisão, como são exemplo os orçamentos participativos de votação virtual e as consultas públicas digitais de documentos relevantes, mas alertou para a tarefa "hercúlea" que o Planeta tem no que toca à sustentabilidade ambiental.
Assim, concluiu que a transição digital "é uma aliada da sustentabilidade" porque "aproxima as pessoas da decisão, amplifica a sua capacidade de ação e antecipa tendências".
Fá-lo ao mesmo tempo que "automatiza tarefas que não precisam da intervenção humana" e, com isso, "liberta-nos enquanto humanidade para aquilo que é mais importante". E, para o governante, o mais importante é o uso da nossa imaginação e da nossa criatividade para construir "um futuro mais próspero, mais justo e inclusivo para os que se nos seguirão".