Grande Cimeira

Lítio "pode ajudar Portugal a tornar-se líder" na sustentabilidade

Adriana Castro  |  2023-05-11


O vice-presidente da Galp, Lee Hodder, destacou esta quinta-feira, no Fórum da Sustentabilidade e Sociedade, que decorre na Câmara de Matosinhos, o papel que o processamento de lítio poderá ter para colocar Portugal como "líder" no setor.

Começando por referir o papel que a Galp tem tido nos últimos anos na produção de energia solar, o vice-presidente da empresa, Lee Hodder, sublinhou que a principal prioridade da firma, cada vez mais consciente no que diz respeito à sustentabilidade, "tem de ser a descarbonização até 2050". No entanto, critica o facto de, para o setor da energia em particular, há "muita regulamentação, muitos requisitos e relatórios". "Estamos a fazer o nosso melhor para acompanhar. Mas também está a evoluir tão rapidamente que às vezes é muito desafiante acompanhar", garante, acrescentando que a Galp criou a sua própria equipa de sustentabilidade.

A questão recai sobre "como ter o impacto certo e preservar a natureza, num desafio que varia mediante as diferentes partes do Mundo?". Lee Hodder nota, por exemplo, que na Península Ibérica, "a água será um grande problema". Por isso, "a preservação e gestão da água serão muito mais importantes aqui do que em qualquer outro lugar onde chova mais".

Mas no que diz respeito a Portugal em particular, a Galp mantém o interesse no processamento de lítio. Este é, para Lee Hodder, "um exemplo de uma cadeia de valor completamente nova para Portugal, que acreditamos que pode realmente ajudar Portugal a se tornar um dos líderes desse setor na Europa".

Portanto, e para "impulsionar uma transição mais justa para todos", a Galp "não está só a olhar para os negócios diretos". "Temos de garantir que aprendemos realmente com as experiências e olhar para os locais -, à medida que começamos a importar óleos usados de lugares na Ásia, se começarmos a importar lítio para refinação -, sobre a forma como impactamos as comunidades ao redor do Mundo", afirma.

Certo é que a "espinha dorsal" da empresa é a mobilidade elétrica. Por isso, o vice-presidente da Galp perspetiva um futuro em que as baterias de carros elétricos terão de ser reutilizadas, tendo já equipas a fazerem testes pilotos sobre a forma como isso poderá vir a ser feito.


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